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Principais notícias do mercado financeiro da semana 21.07.25

Nessa semana, a atenção do mercado permanecerá voltada para as negociações comerciais e quaisquer potenciais acordos entre os EUA e seus principais parceiros. A temporada de balanços dos EUA entrará em pleno andamento, com grandes empresas como Alphabet, Tesla, Verizon, Coca-Cola, T-Mobile e IBM divulgando seus resultados trimestrais. No âmbito econômico, os principais dados divulgados nos EUA incluem os PMIs Globais preliminares do S&P, pedidos de bens duráveis e vendas de imóveis novos e usados.

EUA e Américas
Nos EUA, uma semana movimentada de resultados corporativos será o centro das atenções, com grandes nomes da tecnologia, incluindo Alphabet, Tesla, IBM e Intel. No setor de defesa, Raytheon, Texas Instruments e Lockheed Martin cujos resultados oferecerão atualizações importantes sobre desempenhos setoriais, enquanto as gigantes das telecomunicações Verizon, AT&T e T-Mobile também estarão em foco. Outros relatórios muito esperados são das empresas Coca-Cola, Philip Morris, ServiceNow e Blackstone. Na frente econômica, um calendário de dados relativamente mais leve será liderado pelos pedidos de compras de bens duráveis, que devem reverter grande parte da alta do mês passado. Os PMIs Globais do S&P devem mostrar uma expansão sólida na atividade do setor privado, enquanto as vendas de imóveis novos e usados devem registrar ganhos modestos. Os índices regionais do Federal Reserve (Fed) também devem ser divulgados. Os mercados estarão atentos ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em uma conferência bancária. No Canadá, uma agenda econômica mais movimentada inclui dados de vendas no varejo e preços de imóveis novos.

Brasil

O Ibovespa despencou 1,6%, fechando em 133.355 na sexta-feira, em meio a crescentes temores de guerra comercial e de turbulência política interna. As ações da Petrobras lideraram as perdas, recuando 1,7% após a queda dos benchmarks internacionais do petróleo, enquanto, simultaneamente, a perspectiva de tarifas "em dose dupla", tanto de Washington quanto da Eurppa, se intensificou após uma operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Bolsonaro dar ao presidente Trump munição nova para citar "perseguição" como justificativa para sua ameaça de imposto de 50%, enquanto o Financial Times noticiou que os impostos automotivos da UE permanecerão em 25%. Os setores dependentes de exportação sentiram o aperto, com a Embraer perdendo 3,2%. Além disso, o Banco Santander despencou 4,5%, já que a exposição do banco a empréstimos corporativos vinculados ao comércio e ao crédito ao consumidor sensível à moeda levantou preocupações em meio à crescente guerra tarifária e a uma perspectiva macroeconômica mais fraca. A B3 despencou 4,2%. Na semana, a bolsa de São Paulo despencou 2,1%.

 

Europa
O BCE se reúne na quinta-feira, com os mercados apáticos, não prevendo nenhuma mudança nas taxas de juros após oito cortes consecutivos. O BCE já havia sinalizado uma pausa em seu ciclo de flexibilização, com a inflação da Zona do Euro retornando à meta de 2% em junho. Enquanto isso, os PMIs preliminares para a Zona do Euro, Alemanha, França e Reino Unido são esperados, com modestas melhorias esperadas tanto na indústria quanto no setor de serviços. Na Alemanha, o sentimento do consumidor e das empresas deve aumentar, com o Clima do Consumidor do GfK atingindo a máxima em nove meses e o Clima de Negócios do Ifo atingindo o nível mais alto desde maio de 2023. A confiança do consumidor preliminar da Zona do Euro e o sentimento empresarial da França também devem melhorar. No Reino Unido, o ONS publicará dados de vendas no varejo após uma leitura forte do Consórcio Britânico de Varejo, impulsionada pelo clima quente que impulsionou as vendas de ventiladores elétricos e artigos de lazer. Enquanto isso, espera-se que o Banco Central da Turquia inicie um novo ciclo de flexibilização, com um corte de 250 pontos-base na taxa de juros para 43,50%, e o Banco Central da Rússia também deve reduzir a taxa em 100 pontos-base.

Ásia e Austrália
Na China, espera-se que o Banco Popular da China mantenha inalteradas suas taxas de juros preferenciais para empréstimos de um e cinco anos, enquanto os dados de lucro industrial para o primeiro semestre também devem ser divulgados no final da semana. No Japão, a atenção estará voltada para os PMIs preliminares de julho, que devem mostrar um ligeiro aumento na indústria, e para os números de inflação de Tóquio, que devem mostrar uma desaceleração da inflação subjacente. Os investidores também monitorarão de perto os resultados das eleições para a câmara do Japão, onde a coalizão governista deve perder a maioria — um desenvolvimento que pode desestabilizar a política econômica e levar ao aumento dos gastos do governo. Enquanto isso, a Índia deve divulgar dados de produção de infraestrutura, juntamente com as leituras do PMI, e na Austrália, os mercados se concentrarão na ata da última reunião de política monetária do Banco da Reserva da Austrália, bem como nos números do PMI de julho. Em outras partes da região, também são esperados relatórios de inflação de Cingapura, Hong Kong e Malásia. A Coreia do Sul divulgará uma estimativa preliminar do crescimento do PIB.

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