Ao contrário do que disse o secretário de administração do Governo do Estado do RN, Pedro Lopes, que o empresário potiguar colocou a redução do ICMS de 18% para 20%, como lucro no bolso, a verdade é que a redução do ICMS fez cair os preços medido pelo IPC da cidade do Natal, maior PIB do estado, e mais representativa para medir esse índice. O resultado potiguar em 0,46% nos colocou como o 7° menor entre 17 capitais pesquisadas.
Demonizar a classe empresarial é fácil para quem tem renda por volta de uns R$ 30 mil fixos (por baixo) e não dorme atormendado com folha de funcionários, impostos etc. Veja na tabela abaixo umraio-x do IPC de janeiro/24.
Esse número, precisa ser entendido dentro de um contexto. Vamos começar pelo mapa da renda do país.
A renda no país é muito heterogênea e é falho o debate sobre inflação sem entender isso... A renda dos mais pobres é majoritariamente consumida por alimentação, habitação e transporte, sendo esse montante em 70% a nível nacional, 70% a nível nordeste e 72% a nível RN, aonde começa a impor uma rigorisidade técnica para entender o quão perversa é a inflação, principalmente para os mais pobres. Aqui no RN é ainda mais perversa. Veja a proporção dos gastos pela maior e menor faixa de renda do país para entender isso.
Menor faixa de renda
Maior faixa de renda
O grupo que mais refletiu aumento de preços em janeiro a nível brasil, no nordeste, no Rio Grande do Norte e em Natal foi justamente alimentação, que nos aflinge numa proporção maior que a outros estados, tanto para baixa ou alta renda. Se essa proporção fosse equilibrada com a da região, o índice IPC em Natal teria sido de 0,32% e não de 0,46%. Lembrando, em janeiro de 2024 o IPC de Natal foi 0,46% e o do Brasil foi 0,57%. É visível que o IPC de Natal foi consistentemente inferior ao de Fortaleza por exemplo.
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