A próxima semana nos EUA será encabeçada pelas atas da reunião do FOMC, pelo relatório do  Consumer Price Index - CPI - de março e pela leitura preliminar do sentimento do consumidor de Michigan para abril. Os investidores irão examinar minuciosamente a ata de março, juntamente com os discursos de vários responsáveis do Fed, em busca de mais pistas sobre o potencial momento dos cortes nas taxas de juro este ano, especialmente na sequência dos fortes dados sobre o emprego divulgados esta semana. No que diz respeito aos dados econômicos, a inflação global deverá acelerar pelo segundo período consecutivo para 3,4%, enquanto a taxa básica deverá cair para 3,7%, o seu nível mais baixo desde Abril de 2021. Numa base mês a mês, prevê-se que as taxas principais e básicas aumentem 0,3%, vindo de aumento de 0,4% em Fevereiro. Além disso, espera-se que o índice de confiança do consumidor desça para 79,0 em Abril, face ao máximo de quase três anos de 79,4 no mês anterior. Além disso, a atenção estará nos preços no produtor e no comércio externo, na declaração orçamental mensal do governo e no Índice de Otimismo Econômico RCM/TIPP. Noutras partes da América, espera-se que o Banco do Canadá mantenha as taxas de juro inalteradas pela sexta vez consecutiva, no meio dos riscos contínuos sobre as perspectivas para a inflação. Os principais dados a serem observados incluem os números da inflação do México e o IPC e os relatórios de vendas no varejo do Brasil.

Na Europa, espera-se que o Banco Central Europeu mantenha as taxas de juro atuais, mas a reunião é vista como crucial para determinar a probabilidade de futuros cortes nas taxas, com foco nas mudanças de comunicação e nas indicações do tamanho do corte. No calendário econômico, prevê-se que as exportações da Alemanha diminuam 0,5%, face ao nível máximo dos últimos 11 meses, enquanto as importações deverão cair mais bruscamente em 0,9%. A produção industrial na Alemanha deverá avançar pelo segundo mês consecutivo e, também a Itália, deverá se recuperar. Na Rússia, prevê-se que a inflação permaneça estável no nível máximo de 1 ano, a 7,7% aa. Outros dados futuros incluem: os dados finais do IPC da Alemanha, a balança comercial da França e os números finais da inflação, as vendas no varejo da Itália, a taxa de desemprego da Suíça e a produção industrial da Turquia. No Reino Unido, o Gabinete de Estatísticas Nacionais divulgará números mensais do PIB, bem como dados sobre a produção industrial, a produção na construção e a balança comercial. A economia do Reino Unido provavelmente cresceu 0,1% em Fevereiro, após uma expansão de 0,2% em Janeiro, com a produção industrial a regressar ao crescimento.

Uma semana movimentada para as divulgações econômicas chinesas será encabeçada pela taxa de inflação e pelos números do comércio de Março, que deverão fornecer informações mais profundas sobre o impacto do apoio econômico de Pequim, depois de os principais números do PMI para o período já terem surpreendido positivamente. No Japão, o foco estará nas possíveis medidas do Banco do Japão para defender o iene e no discurso do Governador Ueda para obter informações sobre as próximas medidas do banco central. Além disso, o Japão divulgará a confiança do consumidor para Março e o resultado da conta corrente (exportações menos importações) para Fevereiro. Noutros países, os bancos centrais da Coreia do Sul, Nova Zelândia, Tailândia e Filipinas deverão manter as taxas de juro no maior patamar em anos. Além disso, a Coreia do Sul publicará o seu relatório laboral e Índia divulgará os números da inflação. A Austrália divulgará os dados de confiança empresarial do NAB e de confiança do consumidor Westpac. Por último, mas não menos importante, Singapura divulgará os números do PIB do primeiro trimestre e o seu banco central divulgará a sua declaração de política monetária